segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

3 dias e 3 noites

Ela chorava. Não parava de chorar. Três dias e três noites em que as lágrimas lhe faziam mais companhia do que alguma vez tinha tido. Chorava e ao sentir a humidade de sal escorregando pelas suas bochechas, correndo até à sua boca, ao seu pescoço e algumas até ao cós da sua camisola de gola alta, julgava-se submersa num banho quente de carícias. Ela assim o tinha escolhido. Gostava deste choro silencioso que a protegia da chuva do dia. Gostava de se sentir refém dos seus próprios sentimentos. Gostava que a sua tez ficasse vermelha de tanta dor expelida pelos poros.


No dia antes de ter começado esta maratona, Joana tinha dito no emprego que ia aproveitar o feriado para ir a casa dos primos, descansar no monte onde tinha brincado em pequena. Mas já sabia que não ia. Nem sequer tinha que lhes ter dado satisfações, mas só de pensar que alguém pudesse imaginar o que iria fazer, só lhe apetecia chorar ainda mais. Por isso, decidiu mentir a quem não tinha que dizer a verdade. E assim foi: na quinta feira, às 7 da tarde correu ainda até uma farmácia aberta e comprou pingos para o nariz e creme hidratante para a pele sensível. Sabia que a vermelhidão e a acidez lhe poriam a derme, a epiderme, até a carne e as veias secas, sem falar no estado em que deixaria a sua alma. A alma, essa, secaria mais tarde, iria sumindo de mansinho, de acordo com o volume de lágrimas que se soltariam dos seus sacos lacrimais. Mas sabia também que era a única forma...Preparou-se e soube que era agora ou nunca.


Há meses que quase explodia. Fingia ser dura, mas a verdade é que andava a pisar o risco. Muita emoção junta nunca tinha dado para aguentar de forma tão impávida e serena. Não dá para não deitar uma lágrima e depois esperar que corra tudo bem, que o controle tome conta de nós.. E ela sabia. Sabia, sem saber muito bem porquê que seria este o dia escolhido para começar. O dia da revolta interior, que apesar de a afligir, lhe apaziguava também o espírito e lhe dava sentido à vida. Sabia, porque quase tinha começado no mesmo dia à tarde, quando no trânsito lhe chamaram um nome:
"Irresponsável!!...", gritou um homem bem pronto e com um penteado da moda, num descapotável azul escuro. Irresponsável... Toda a tarde a maldade da palavra lhe tinha injustiçado o pensamento. Para ela, a Palavra era algo de sagrado, podia dar força mas podia igualmente espetar, podia esfaquear uma pessoa também...Pobre Joana, que desde logo se lhe tinham espelhado os olhos... Mas aguentou. Foi ainda forte e almoçou uma salada de frango, pensando na irresponsável que era em comer o coitado do bichinho e conseguiu superar ainda a irresponsabilidade, de em semana de dieta, lhe ter apetecido beber uma groselha cheia de açúcar. Mas aguentou.


Chegou a casa eram quase 8 e ele ainda não tinha aparecido. Enrolou-se numa colcha de lã cor de laranja e depois de ter aberto os estores deixou-se assim banhar pelo branco acinzentado de uma lua a caminho de cheia. Cheia de luz para lhe dar. E foi assim que começou. Imaginou-se, não só banhada pela luminosidade do astro, mas também pelo seu próprio choro. E começou. E soube-lhe bem.


Esperou que ele chegasse para o avisar. Explicou-lhe, soluçando uma estória atabalhoada que ele não percebeu. Falou em ultrapassar limites, em precisar de descarregar para só depois voltar a querer a energia da vida, em sentir a necessidade de estar sozinha, sem o estar na realidade afinal. Pediu-lhe um espaço que ele deu. Deu-o com a maior das facilidades, e ela, triste, chorou ainda mais. Acabou ele, afinal, por ir para o tal monte dos primos dela, num Alentejo próximo das memórias da cidade onde Joana ficou. A chorar.

Três dias e três noites em que não parou. De dia, no conforto da manta já molhada nos cantos enrodilhados nas suas pequenas mãos, de noite, chorava nos seus sonhos. E aí, nem mesmo os olhos fechados, a impediam de oferecer aos lençóis as gotas terapêuticas do seu triste cansaço.


Três dias e três noites. E ele que não ligou. A Joana tinha-lho pedido e ele fez-lhe a vontade. Também por isso ela chorou. Chorou tanto até já não ter mais lágrimas. E elas foram mais do que alguma vez se julgou ser humanamente possível verter. Mais de mil. Talvez 3 mil, mil por dia. Ou até o dobro, nunca se chegou a saber. O sofrimento foi tal, tão compulsivo, desesperado, que se cansou ele também.
Finalmente.

A Joana, na noite de domingo, fartou-se de estar cansada, de chorar e de sofrer. Passou ainda um noite molhada em si mesma, mas quando acordou, na 2º feira, com ele, já deitado ao seu lado, levantou-se sorridente, correu a lavar a cara e os dentes, colocou uma camada de creme hidratante e foi trabalhar como se nada se tivesse passado.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

As mãos do mundo


Tenho-me nas Mãos do mundo. E gostava que ele fizesse a sesta na minha mão. Quero com tanta determinação conhecer-lhe os sonhos que imagino prendê-lo assim para nele ter tempo de viajar e o compreender melhor. Só o quero guardar uns instantes.. De mãos fechadas e bem juntas ao coração.

As minhas Mãos que são pequenas, curtinhas e esguias, como toda eu, (acho)… são proporcionais a mim mesma e proporcionastes dos melhores e inesquecíveis momentos da minha vida. São elas que me permitem fazer quase tudo o que mais amo. São um incontornável objecto vivo de trabalho e lazer. Os afazeres das minhas mãos, acabam normalmente, por contribuir para o deleite e para o ócio da minha alma. Enumero-os com um semblante de consolação e felicidade:

O acto de fazer festas, de dar mimos, de fazer massagens. Suspiro de tanto gostar. Amassar, tocar, curar o corpo e o espírito de alguém com a palma da mão aberta, com a pressão dos nós dos dedos ou com as unhas a passar pela pele bem ao de leve… Arrepiar, aliviar, transmitir energia através das Mãos. Sabe bem aos outros e especialmente a mim. Assim lhes posso oferecer Amor através do toque.

Gosto de dar te banho filho Luz, de te passar creminho, de te cortar, a ti, as mini unhas, ouvindo-te reclamar. Os teus dedinhos nos meus, a tua macieza inocente na minha suavidade de adulta. Os nossos indicadores quando se tocam em forma de ET e brincam à apanhada...

Escrevo com as minhas Mãos, ao computador de dedos espetados e com pequenas pancadas fortes, na folha de papel do bloco de notas com letras redondas e rasuradas ao sabor da inspiração. Pinto com elas. A minha tez e as minhas telas. E invento mil e uma maneiras de as empregar nos imensos brique-a-braques e peças de roupa alteradas que vou arrumando e exibindo lá por casa.

Adoro cozinhados de Mão cheia. Prezo a Mão aberta e envolta nos alimentos e especiarias. Ligo o sabor da terra ao sabor da palma e do afecto ao punhado que uso como medida.. Gosto de lhes sentir a textura e é através das mãos que lhes deposito o amor necessário ao sabor de um bom prato.

Gosto de sentir os meus dedos a controlar na mesa de mistura. Na textura do vinyl e na lisura do cd . Tocar ao de leve no botão do pitch, respirar a vibração que ecoa na sala e sentir como faz a diferença a susceptibilidade de um toque… A partilha da música que me faz sorrir de orelha a orelha. E sentir. E chorar. E dançar de olhos fechados… A mistura entre a sensibilidade musical, a prestação técnica e a vontade cabriolesca das minhas Mãos miudinhas, irrequietas e sensitivas.

Ah, gosto das minhas unhas… De as tratar e de as ver reluzentes e bem pintadas.. Coisas de mulher… A minha mania de as arranjar é tal que cria já brincadeira entre amigos e os vernizes amontoam-se em 4 caixas arrumadas na casa de banho. Quando as roía, em pequena não lhes tinha respeito mas agora, agora… são a minha perdição e prazer.

Dar-te a Mão e agarrar com o dedo mindinho o teu dedo mindinho. Fazer o pino. Lavar o cabelo em água tépida. Convosco. Mexer no barro e na areia molhada. O morno da tua pele. Jogar à sardinha e entrelaçar ao mesmo tempo e compassadamente dedos da mão direita e esquerda quando estou nervosa.Festinhas na tua nuca de bébé. Aperto, envolvo, ancoro e agarro-me a ti. Guardo com vocês, o carinho e o respeito. Afago e também afasto. Gosto de vos ter macias Mãos. A vossa pele e a vossa essência. Vou fazendo por isso… Gosto de vocês porque me dão que fazer. Gosto de vocês porque são a terminação nervosa do meu corpo e do meu sentir.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Até Logo.. ou a Morte tentada em palavras


Quando uma vida acaba todas as outras continuam. Por mais feitos que tenhas feito, por melhor ou pior que tenhas vivido, por mais ou menos amigos que tenhas deixado do lado de cá, todos eles, os teus momentos, parecem esquecidos no instante pontual do Adeus. Sim, porque, cada vez mais acredito que a morte tem hora marcada e não tolera qualquer tipo de atrasos. Revoltante mas incontestável.

Choraste, riste-te, fizeste e educaste filhos, netos, deste a mão a amigos e contorceste-te durante anos em duras lutas contigo mesmo e com o Mundo. E o que é que ele te oferece no final de tudo? Qual a moeda de troca da tua dádiva para com ele? O terminus dos teus dias. Em silêncio. Contigo mesmo e com mais ninguém. Mesmo que com muita gente à volta...Um sem fim de Fim que se abre à tua frente como um portão trancado com 7 voltas ao teu passar. A incógnita do Porquê. O surreal do chegar finalmente à única certeza da Vida: a própria Morte.

Mesmo que aches que fugiste à mediocridade dos dias, irás acabar como todos os outros. Frio. Quieto. Imóvel. Inerte. Inestimado. Sobrevalorizado. Porque nunca ninguém foi tu. Só tu. E tu estás a ir embora. E mesmo que nunca tenhas acreditado nisso, agora sabes que afinal somos todos iguais. “ O pó ao pó retorna”. E o teu pó está tão próximo de ser a tua Verdade...

Vezes demais tento fazer o exercício... Saber que ela está aí, ao meu lado. Que não se vai embora e que se torna uma certeza morbidamente sincera por não nos mentir nunca na sua intenção. Aqui e agora. Morro.Vou-me embora. Acabo de vez a jornada. Cedo, sem saber como nem porquê, um lugar não cativo ao outro que se segue na fila. Ele que salte para o carrossel em andamento. Sem ajudas e com muito cuidado para não cair que eu já estou em rota descendente e conheço o pânico da queda sem rede...

Saber que se vai, que se está a morrer. Que nos estamos a apagar da face da terra como uma mão cheia de café moido que vai sendo sugado pela água quente impregnada na boca da máquina de café. Pouco a pouco. Saber que a vida vai sendo coada, até deixar de existir, até só sobrar o borrão escuro e sujo do que um dia já fomos em vida. O borrão a que chamamos Memória.

Fazer as pazes connosco mesmos. Perdoar. Controlar o medo. O escuro. A ausência. A Tua ausência, a do cheiro, a das cores, a da luz e do vento a bater na tua testa e a do sol a bronzear-te ainda mais a pele já escura. A minha própria ausência. Questiono-me ainda até que ponto a Coragem e a Calma se tornam, nesse momento decisivo as qualidades mais importante do Ser. Sei que vou deixar de existir. Aceito a minha Não-condição. Adeus. Não luto mais. Deixo-te Vida, deixo-te para oferecer o meu lugar..

Por agora, dou por mim a sugar lembranças ao meu coração.É isso também a Morte.  Gestos de carinho, palavras e olhares que me ofereceste, palavras que não te disse, chamadas que adiei. 

Sei-te corajoso de alma e fraco de corpo, porque esse, ao abandonar-te só te está a fortalecer a vontade e a apaziguar o espírito. Sinto-te no desamparo de uma Certeza que já foi para ti tão longínqua quanto a minha o é hoje em dia. Sem saber para onde voas, e sem teres feito um check up geral ao teu kit de viagem... não tens qualquer garantia de que não irás queimar as asas e terminar em queda livre estatelando-te no chão.

Em que é que acreditas afinal? Em que acreditamos todos quando a nossa hora chega finalmente? Morrer em paz seria a melhor opção. Deixar os olhos fecharem mas não a esperança e a sensação de missão cumprida. Tu que a cumpriste , na tua vida simples e repleta de afectos. Tu que a viveste e que te estás a deparar com a mais assustadora experiência da tua ainda Vida. Tu que ao veres chegar a Morte decidiste ficar em silêncio, quando o silêncio era o teu maior inimigo.

Não te julgo. Tento ficar no teu lugar e sentir o teu pulsar.A ti,a quem tenho um único pedido a fazer antes de ires: Deixa-te levar pelo vento sem teres medo de onde ele te vai levar. Vai sem sofrimento muito, por favor.. Vai com a certeza de que o Amor e a Memória te farão para sempre Eterno. Tenta fazer como eu que comecei este texto com uma visão pessimista e que ao correr das letras e ao desencadear das ideias libertei o meu coração revoltado e lhe permiti que passasse a acreditar na Eternidade da permanência de uma vida pela sua memória. Na tua eternidade.

O Tempo que deixa agora de ser Tempo para ti, será para nós o Tempo que te oferecemos dentro dos nossos corações. Infinito. Sabes?, é que mesmo partindo assim pelas mãos da inevitabilidade, nunca irás partir da alma de quem te ama.

Então até logo , que Adeus nunca se diz... lembras-te?

|RIP António Cunha ...|

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

o Futuro do Futuro. Com o coração ainda no peito..


 Janeiro.. Frio como a pedra do rio..  A bela da frente fria de ar polar que nos está a atacar agora a  meados deste mês põe me os dedos gelados enquanto teclo e tacteio os meus próprios  lábios como sempre  faço para alcançar uma melhor concentração.  Lá fora , já escuro como breu  por ser já quase meia noite de um Inverno rigoroso, “à antiga”. Sento-me frente ao meu lap top cor de rosa, toda eu inspiração e renovação, toda eu  tentativa estranha mas sincera de sorrisos, pronta e disposta a escrever acerca do Ano Novo que agora entrou. Tento reunir memórias do ano velho, jurar em sussurro novas resoluções: 
Quero ser feliz, boazinha, saudável entre dietas e exercícios físicos e espirituais. Vou ajudar quem merece e ignorar o que me faz mal de forma a conseguir seguir em frente sempre com um sorriso. Irei juntar dinheiro para conseguir colocar em prática os meus sonhos e fazer arrumações na casa da Linha, arranjar o quintal e transformá-lo em jardim e arrecadar  tudo direitinho e livre de sujeiras no sótão da minha cabeça. Apostar forte na minha carreira, ser afortunada no Amor, dar uma vida divertida e reacheada de bons momentos ao meu filhote menino e….. e….. a minha crónica chegaria assim ao fim, toda atabalhoada de palavras politica e sentimentalmente correctas e decisões todas pipis, as que todos, com uma percentagem   de maior ou menor  altruísmo, aspiramos nestes primeiros dias do ano ou pelo menos, enquanto vestimos a bela da cueca azul bébé a convocar a Boa Sorte.
Por isso ao tentar ser original e especulativa, que é bem mais giro e singular, proponho aqui o exercício mental de tentar saltar uns anos e em vez de pensar nos inícios de Janeiro como marco de transformação , abordar os anos vindouros como uma agenda em aberto cheia de sublinhados, sugestões, adivinhações e vontades .
Por exemplo, saltemos 5 , 10 ou até 15 anos. A que tendências nos andaremos a submeter? “O que raio ainda há para inventar?” ( uma das minhas frases ícone preferida dos nossos avós ). Tento imaginar o som com o qual iremos dançar ou até os ídolos que iremos respeitar. Sujeito a imaginação à existência do TGV, aos casamentos homossexuais ( ui que festões que vêm aí ), ao aeroporto na margem Sul, às mudanças no paradigma das energias. Na minha área… mais “dj’s” que público dançante, mais “actores” do que assistência, mais “ modelos” que gente feia: “porque todos têm uma beleza particular” .
Imagino me a mim  já com uns pezitos de galinha, traquinas de expressão, mas finalmente tranquila de certezas .A produzir música electrónica misturada com sonoridades portuguesas e a fazer dela o meu cartão de visita. Directamente do meu estúdio entre o Azul e o Verde. No meio de um silêncio cortado Só quando eu quiser. Longe do rebuliço a que me habituei durante tantos anos a fio. Esse só existirá na minha cabeça, quando o som borbulhar no meio dos phones ou quando as gargalhadas dos amigos rasgarem a imaginação. Enquanto me dedico à horta de ervas aromáticas, à palavras escritas e sonhadas do meu blog em crescimento vou cozinhando o futuro com muita melodia à mistura, e sorrindo ao pensar nos ensinamentos do passado. Uns choros e risadas de crianças  fundidos com o glamour do salto agulha no dia de festa ( que será cada vez mais pontual) e as palavras mais certas que nunca a fluírem para o papel como eu sempre desejei. 
A paz possível... Mantendo o coração no sítio, sem ter que trazer a frieza ao lume da vida para me tornar vencedora. É o que tantos fazem. Deixar de sentir. Para não sofrer, para não ver, para fugir a si mesmos, para ser o que outros querem, para passar por cima sem sentir remorso ou desconsideração. O coração no sítio, quero mantê-lo. Sem ser arrancado aos sonhos e desejos de mim mesma.Coração sem ser peso. Encontrar nele o tranquilo embalar do meu ser interior... E o resto é o que os outros verão. E escolherão dizer de mim... Que o seja...
No meio de tudo isto, o que quero então para o inicio deste próximo ano? Pensando e repensando questões, só me apraz exigir do Mundo e de mim mesma ,a compreensão necessária para abraçar o que vier, porque basicamente, irá ser essa a realidade que me fará chegar onde quero. Conseguir sobreviver aos que, me afectam por fora tentando chegar cá dentro... Lutar para que um dia não precise mais de fazê-lo. Limpar a cabeça e o alimentar bem o coração, o tal que não pode mirrar apesar de os problemas o quererem roubar aos bocadinhos ... sentindo  que faço e dou o meu melhor em tudo, mesmo que os outros não o percebam. 


E mesmo que por caminhos nunca pensados, alguns esburacados e sombrios e outros tantos por onde me vou perder… caminhar sempre no meio dos medos que se tornam ensinamentos...até me encontrar de novo. 


Encontremo-nos nós por aí nos caminhos desse ano mítico. 2012. O ano das renovações e mudanças...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

GOOD OLD DAYS…




Ainda me lembro quando a palavra VIP fazia estremecer até os que o eram realmente e andavam no meio dos ricos, bonitos, famosos e party lovers. Era efectivamente bom e recomendava-se. Estremecíamos de entusiasmo ao pensar em mais uma festa, uma noitada, uma rambóia à antiga. E quase sem regras. Isso sim era ser VIP. Saudades… ui ui.. Ainda me lembro quando ser VIP dava acesso ao mais privado dos privados, às passadeiras vermelhas  , que eram poucas mas esplendorosas, limpinhas, sem remendos e borbotos e melhor ainda, davam carta branca às portas das traseiras, aos escritórios, corredores e às catacumbas dos bares e discotecas. Ainda me lembro quando ser VIP, era um misto de glamour despreconceituoso e… baldas chique. Dá para entender? Era entrar onde se queria, à hora que se queria. Era beber a noite toda sem a preocupação de ser apanhado pelo fotógrafo, pela brigada de trânsito ou de ter as orelhas ( e não só…) puxadas por ter perdido o cartão de consumo no calor da noite… E já que falamos em cartões, era enche-lo até cair ( o cartão claro…), não pagar e ainda ir buscar mais um ou dois. 
Podem me chamar saudosista, exigente, nostálgica ou até carcaça velha mas a verdade é que até a bela da sigla ( VIP) e principalmente ao que a ela se relaciona hoje em dia, parece me ser de um  mundo bem distante e diferente d que acabei de descrever. Hoje em vez de 100 “vips” existem 100.000, não existe exclusividade nem dificuldade em “sê-lo” e muitas vezes basta parecê-lo em vez de usufruir do que esse patamar poderia efectivamente oferecer ao verdadeiro lazer da saída à noite. Hoje , basta ter uma pulseirita florescente e ranhosa agarrada ao pulso e é ver toda  a pandilha  a gritar à porta: “ deixem me entar! Estou na lista VIP!!”. VIP que é VIP se quer gritar, grita dentro da cabine, junto ao dj, grita dentro do bar enquanto serve shots aos amigos ou grita piropos e alarvidades sem ninguém lhe tocar. Porque é amigo dos seguranças e do dono da discoteca e além disso tudo o que fica mal aos outros… nos ditos, toda a gente acaba por achar irreverente em vez de parvo e engraçadinho ao invés de irritante!
 Com ou sem foto, que essa só é gira se tirada sem estarmos à espera… Bring me back the GOOD OLD VIP DAYS and IM IN!!! Assim não… Prefiro ser VIP no sofá da minha casa…


Ser VIP era ser especial, único, um dos ícones da festa, ser mais do que bem vindo… ser um dos poucos “eleitos”. Era ter que escolher os eventos de agenda em punho, coordenando guest lists e escolhendo os  acontecimentos mais divertidos. Nunca jamais moeda de troca como há pouco me fizeram: “ Dou te um convite VIP mas só se apareceres na festa de apresentação do evento porque está lá a imprensa e precisamos das fotografias…” Ai meu deus, que me caiu tudo. O que tenho e o que não tenho. O que nunca tive e o que ei um dia de ter…. Até a Santa Ingrácia, padroeira de todas as festas ficou de boca à banda. É que, “ antigamente” uma das regras do ser, parecer ou ambicionar ser VIP passava pela discrição, ou se quiserem ser mais directos…. Do saber dar a volta… Sim, porque mesmo que os VIPS também sirvam para promover o que quer que seja, fazer publicidade e servir de chamariz “ aos meros mortais”….  Há que saber que os VIPS só mostrarão a sua raça e essência enquanto se sentirem exclusivos, imprescindíveis e indispensáveis.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Mulher VS Homem - essa mania de superioridade Celestial...


Tão certo como a seguir à manhã vir a tarde e a seguir à tarde a noite cair de mansinho, também nós, pequenos e insignificantes seres deste enorme cosmos, não podemos cair –desta vez aos trambolhões- em recorrentes e semi antiquados erros de análise e julgar (ainda) que homens e mulheres são feitos da mesma massa. Nem pensar. E ainda bem.


 Apesar de muitos, e especialmente muitas, acreditarem piamente nessa estória da comunicação como meio de compreensão entre ambos os sexos e no relacionamento baseado no entendimento... a verdade é que nós somos a massa folhada e eles...são a massa tenra. Que felizmente nem sempre é tenra, na verdade. E que às vezes até azeda… Noutras ocasiões, no entanto, se tivermos sorte e gostarmos da mistura de sabores e de texturas, acaba até por ligar bem no mesmo prato.


A realidade mostra-me que em poucos anos deixámos de queimar os soutiens na praça pública para usarmos "wonderbras" em sessões privadas e super sensuais. E, ao mesmo tempo, acabámos com aquela coisa horrível de olhar de lado para as mulheres fortes e dominadoras, apontando-as como incuráveis portadoras de genes comportamentais masculinos.


A Mulher já não tem que ficar em casa a tratar dos filhos (apesar de, naturalmente, vir já fabricada com o instinto da protecção familiar, não sei se ponto contra ou a favor) , mas, felizmente, também não tem que sair à rua com ar de cowboy, de perna aberta e a cuspir para o chão para que seja respeitada. Muita coisinha má se pode passar neste mundo, mas a verdade, é que nunca nós, as mulheres da sociedade moderna, estivemos tão bem instaladas.

E agora sim, ao fim de séculos e séculos, a energia da Terra começa a sentir-se! E já não era sem tempo. E numa altura em que nos queixamos por tudo e por nada, é bom saber de cor as diferenças e jogar com elas com sabedoria! Porque de azar morreu a sorte, coitada...

Para quem não sabe, as Mulheres são criadas essencialmente pela força da Terra e os Homens pela força do Céu. E apesar de, num primeiro e rapidíssimo raciocínio, podermos eventualmente pensar que é do Céu que vem o sobrenatural, o espiritual e o sensível e nenhumas destas características atribuirmos sequer ao mais especial dos rapazes, a verdade é que é mesmo lá de cima que vem a sua essência. É a força da gravidade, é a força do raciocínio e da lógica animal que os guia.

Nós, as Mulheres, por outro lado, somos Terra. Somos o mundo vegetal, a força primitiva da família, do coração, da sensibilidade, da generosidade. E são assim mesmo as Leis da Natureza. Por isso, se pensarmos bem, em vez de chorarmos esta dicotomia, só temos que a aproveitar. A nosso favor, claro.

Todos os fenómenos deste planeta nascem desta combinação. Terra e Céu. Yin e Yang. E conseguem-se lembrar de maior fenómeno do que juntar, mexer e chocalhar o que se mostra oposto? Com açúcar ou sem açúcar, não existe manifestação mais inexplicável... De prazer, de dor, de incompreensão, de irritabilidade... de Amor. Depois, é só beber e esperar que não haja uma paragem de digestão.



No caso do Homem, a energia é centrada especialmente na parte baixa do corpo – a sério? Não digam?!-, as zonas que controlam o sexo, o fígado e o estômago. Isso leva-os a ser mais directos, a falar menos, a dispersar o mínimo e a ter um maior poder de concentração. Já as senhoras, centram tudo em cima, ah pois é: o coração liga ao sentimento e à subtileza, a garganta à língua afiada e nunca cansada das meninas e ainda às actividades artística apuradas. Ah e o sistema nervoso é responsável pelo intelecto e pela intuição, ou se quiserem o tal sexto sentido.

Percebe-se agora porque é que elas vão parando em todas as montras e vão comprando tudo o que lhes aparece pela frente e entretanto pensam na hora da natação, no horário da novela e na suposta promoção da empresa. Percebe-se também como é que eles vão direitinhos ao seu ponto de interesse, comprar o tal par de ténis Vans verde alface ( porquê meu Deus!? ), sem pensar sequer porque não há de levar os azuis ou os cinza em vez dos primeiros escolhidos. Não vale a pena discutir ou teorizar sobre o assunto. É assim e acabou-se!

A vantagem de tudo isto? Vejam o lado positivo da coisa. Numa casa em comum, encontra-se sempre o útil e o prático (escondido em gavetas de preferência, tão feio costuma ser) e o estético, inútil e supérfluo (mas que fica sempre bem e qualquer cantinho...). É a perfeição possível numa espécie de Limbo entre o tal Céu e a tal Terra. E é assim que normalmente vivemos. E até gostamos. Às vezes...

Dizia eu que a vantagem da nossa condição, é que ao sermos nós as mulheres, prioritariamente Coração e Intuição, temos conseguido dar a volta e que bem dada volta, aos tais seres que nasceram bafejados com esta tal mania da superioridade celestial. – percebem agora que seja até normal que os pobres se sintam efectivamente assim?... O seu raciocínio direccionado ajuda-os a serem mesmo bons numa coisa ( sim, uma, porque só vão conseguindo fazer uma de cada vez), enquanto que nós, com a facilidade que este grande e fabuloso mundo nos atribuiu de lidar com diferentes situações ao mesmo tempo, vamos mesmo gerindo tudo e mais alguma coisa...até as suas cabeças supostamente coerentes e arrumadinhas.

Agora é só jogar com a sensibilidade e fazer dela uma aliada.

Acabo só acrescentando que enquanto escrevia este texto, ia relendo uma antologia de Yeats que me ofereceu um amigo e pintava as unhas de vermelho. Espero que gostem. Das unhas e do texto.


domingo, 8 de janeiro de 2012

DJ Mumy


Assumo que tenho 20 minutos para escrever esta crónica. São 15:49 e combinei entregar o bebé às 4 na minha mãe ( já me vou esticar no atraso que pode comprometer o resto do dia, tipo comboio de dominó em que uma peça leva todas as outras a cair. Sim é assim tão grave!!!..). De seguida vou rapidamente para casa escolher o kit da noite e fazer a mini mala de fim de semana, dar uma “limpeza” à mala de discos, confirmar se os phones estão KO- que têm andado meio perros, talvez já da kilometragem feita em parceria comigo aí pelas estradas de Portugal-, fazer um rápido download de 2 temas novos que comprei no beatport, ligar à minha sócia – que o Evento de hoje no Algarve também é “ nosso”- para combinar as boleias, as horas e os locais do encontro quando chegar o hotel na Quinta do Lago, rezar para que o meu carro se aguente sem soluços de maior durante 270 km – que tem estado com os problemas eléctricos típicos dos seus já quase 200.00 km de rodagem. E que rodagem!!! Chegar, ligar à vovó Clara, saber como está o pirralho, dar a indicação tim tim por tim tim dos truques para o Afonso papar a sopa de cenoura que fiz antes de sair de Lisboa – hoje é o seu 3º dia de alimentos sólidos e o puto anda ainda armado em caprichoso-, tomar uma ducha maravilha ( estes momentos nos hotéis têm , neste momento da minha vida um sabor muito especial, porque podem demorar um pouco mais do que 5 minutos ), pintar as unhas de vermelho nos entretantos e enquanto secam as ditas e os meus caracóis “enremoinhados”, dar uns beijinhos ao meu namorado, voltar a ligar para saber do sono e do banho, organizar os cds e dar uma última vista de olhos no computador, fazer o eyeliner, ligar para todos os quartos para confirmar que todos estão no lobby do hotel às 9 e meia, descer perfumada e airoso, já com a certeza de que o anti cerne cobre bem as olheiras de 4 meses e meio de noites a acordar de 3 em 3 horas e de me sinto pelo menos 1 ou 2 noites por semana giraça e catita. As noites em que a Mãe vira DJ, RP, figura pública ou afim. Eu gosto. Mas também gosto dos dias sem sono, em que refilo pela falta de tempo, em que o Afonso Luz se torna prioridade entre os meus trabalhos no estúdio, os meus textos e músicas no computador, em que as calças largas e as t shirts tiram o lugar ao salto agulha e ao top glamouroso e em que a sopa de cenoura cuspida em cima de mim  sabe bem melhor que o meu Jameson- ginger alle de sábado à noite.
Bem, eu falei em 20  minutos. São agora 16:12. Hora de seguir para a Vida Airada. Hora de começar a azáfama profissional do fim de semana, despir um capa, vestir a outra e curtir a outra parte da vida. No fundo, não há bem outra parte, percebo eu agora. Ser mãe é isso mesmo. Sejas Dj, empresária, actriz, contabilista, agricultora ou até dona de casa. Ser Mãe está te no coração. E estejas onde e como estiveres, eles – os teus filhos – estão contigo, no teu coração e na tua cabeça que , no fundo continua a ser a  mesma de sempre. A diferença é que a palavra “Multitasking” passa agora mesmo a fazer sentido. Se antes eu me sentia tantas pessoas e versões de mim mesma… agora acrescento a versão mais importante: a de ter um filho. Como me disse há tempos uma amiga :Agora és Mãe. Passaste a ser eterna! E assim, lhe dedico a vida e assim lhe dedico os meus sets, e assim lhe dedico a minha força, paciência, inspiração e  dinamismo !
Agora vou me pisgar. Estou mesmo super atrasada. 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

o cérebro do coração



Ainda não percebi muito bem se o coração tem cérebro. Será que o sangue o bombeia tendo por única razão a rotina imparável dos batimentos cardiacos ou será que os litros o afagam à sua passagem só porque acham que lhe sabe bem?


Sempre o vi afastado da razão e perto do sentimento mas ultimamente uma ideia insistente tem alterado a minha forma de o olhar. Lá dentro, bem no fundo, esta máquina destemida não me parece ter só sentir, nem só medo, nem só amor, nem só adrenalina ou ritmo. Lá dentro, bem no fundo, o coração anda desatinado pelo pensamento, o que me parece cada vez mais incoerente, já que pensamento vem da cabeça e não surge do tórax.


O Coração, esse que sempre acreditei ser o mais puro dos órgãos, mesmo quando poluído pela insensatez ou pela frieza, parece-me, cada vez, uma peça do puzzle. Que pena. Eu, que o julgava único e implacavelmente auto-suficiente.


Acho que ele se torna, com os anos e os dias e as horas a passarem por ele, um chico-esperto. Ele sabe o que lhe convém e foge do que o magoa e lhe causa arritmia. Sim, eu acho que ele tem cérebro. Um cérebro pequenino que o faz saber o que quer, mesmo que essa certeza não seja a sua melhor conselheira.

Lembrei me de repente... que o sonho era bom porque ela sorria ;)


Lembrei-me de repente. Lembrei-me que afinal a vida podia ser diferente. E sorrir mais ainda.

Lembrei-me de repente que os sonhos, quando não concretizados, vão-se apagando lentamente da memória. Estranhamente dotados de uma lentidão tão rápida que quando nos lembramos de procurá-los já só encontramos uma réstia da sua essência, uma neblina inebriante que só deixa ver correctamente os contornos menos nítidos desses desejos encapuçados. 

Lembrei-me de repente que a Esperança é o que move qualquer mortal. E que não se deve nunca deixá-la sentir-se incerta e indubitavelmente apagada. Senão, quem paga - ou se apaga - somos nós. 

Lembrei-me de repente que a Felicidade tem de ser alcançada, 
Mas que não está parada, pachorrenta, à nossa espera. Ela corre e nós atrás dela corremos. Se quisermos, claro. Busca incessante , uma jornada incansável. Por isso, convém  encontrar a forma possível, para que em vez de fugir possamos perseguir.  Correr sem suar.

Lembrei-me de repente que se tem que Amar o Mundo para que ele nos ame Lembrei-me de repente que uma vida sem sentido não tem sentido nenhum. Que uma vida triste não pode crescer, só minguar. Senão não é bem vida, só sobrevivência. 

Lembrei-me de repente de que se deve sorrir não só pelos lábios, mas pela Alma, pelo Coração, pela Certeza. De que se deve sempre dar a volta por cima, porque é lá em cima, que se olharmos bem, mesmo em dias de chuva está a cor azul....de volta. E lembrei-me que o Amor é O mais Fundamental e que o Coração em vez de doer, deve oferecer-nos o maior prazer, o de gostar ...sempre. 

Lembrei-me de repente ... que o sonho era bom. Porque ela ( a Rita ) sorria ;)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sunshine of your love


Muitas vezes me perguntaram acerca da minha “ Voz “ preferida de todos os tempos. Eu, que pouco dada a certezas, normalmente me atropelo neste género de questões, rapidamente balbuciarei Ella Fizgerald. Para já, Ella, Ella.

 Só uma grande mulher, com este tamanho na música e na alma se pode chamar Ella, sem qualquer tipo de vulgaridade. Depois porque tem um semblante que se me cola à personalidade, uma força subliminar, uma aparente feminilidade misturada com a força de um touro.

 Incontornáveis  seriam tantas outras. Piaff, caballet, Amália, Buika, isto só para entrar no rol das divas, já que hoje me deu para aí. Mas Ella é Ella. E eu sou Eu.

De um lado Ella do outro lado o vento de uma noite assustadora de um Inverno hoje estranhamente ameno e cor de rosa. Conjugação perfeita. Música e natureza…. E o Amor  a chegar em bicos dos pés.



É isto que eu ando a passar nas minhas Fancy Clubbers Partys. Check it out ;)


DJane Rita Mendes 
_“Lets get a new start"_January Music Chart


1- Solomun - After Rain Comes Sun
2- Levels ( original Mix)
3- Shadoorack ( original Mix)
4- Avicii- Levels
5-Maya Jane Coles - What They Say (Dyed Soundorom Remix)
6-Ralf Gum Feat. Diamondancer - All This Love For You
7- Bucie - Get Over It
8- Format B - Oversexed (Original Mix)
9- Nervo - We're All No One ft. Afrojack, Steve Aoki

4 a Winter Summer Day ;)

These boots are made for walking




O ano passado por esta altura larguei 250 euros pelas galochas Gucci ali coitaditas prostradas no canto esquerdo da foto. Este ano redescobri ( já antes tinha usado mas não com esta obsessão que até a mim me assusta) que posso andar de pantufas de todas as cores e de uma forma bem mais económica.

Estas pseudo Uggs da minha vida mudaram-me a rotina ( não demoro horas a escolher sapatos, porque basicamente é como se só tivesse 3 pares, eu que quem me conhece sabe que tenho 300) e as manhãs do resto dos Invernos da minha vida.. porque , com o já diz o Toni carreira ." Depois de ti .. mais nada...".

A vida mudou mas o estilo também. Agora até nos eventos me apetece andar de pantufil no pé tal como qualquer outra Portugues(inha) de Norte a Sul. ( Põe mas é o salto agulha no porta bagagem do carro... vá, faz te à vida e aguenta te com o bom ar...)

Pergunta de escolha múltipla para os meus recentes e espero que já dedicados followers:Escolho o conforto em detrimento do Estilo e adopto a moda que no fundo já nem sequer é moda mas que sabe tão bem? Continuo a ser uma Heidi da Costa do Sol?.. Ou faço um esforço e concentro me na feminilidade voltando a encarnar a bela da Cinderela que passa frio nos seus pézinhos delicados mas que calcorreia a cidade com o sapatinho fashion e que está a dar?

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Contra-mão


E agora... começar a pensar o que me apetece fazer efectivamente com ele.Com o blog.

 As definições de início de ano já foram postadas dentro do meu disco rígido. A ver vamos, vou postando para cenas dos próximos capítulos.

Entre as decisões:
Largar o  Facebook como meio e não como fim.
Voltar ao velho blog.

Sempre gostei de andar em estradas de terra batida e em contra mão...